sábado, 27 de julho de 2013

Fracasso

Mais uma vez fracassei! Não consegui me controlar e meu lado criança birrenta falou mais alto, me dominou e não me deixou fazer o que deveria ter feito. Depois reclamo que as pessoas não confiam em mim, me julgam irresponsável. Como sempre foram coisas bobas, na quinta pela manhã no "trabalho" rolou uma brincadeira onde cada um recebeu um apelido, rótulo, algo assim tipo definir a pessoa com uma palavra e todos recebem nomes fofinhos como anjinho, a gente boa, etc. e o meu qual foi? A nervosinha, estressada, ou seja a chata. Ok!  na hora nem parei para pensar no que isso significava até achei legal porque geralmente me chamam de "a diferente" e dessa vez não. No inicio da tarde fui a psicóloga e ela não estava lá porque estava doente, ok! afinal ninguém escolhe quando vai ficar doente, mas fiquei triste queria muito conversar com ela, nesse momento já estava me sentindo incomodada, triste, com esse "apelido" . Depois, como não tive terapia, fui para o "trabalho" e não gostei da forma como fui recebida, parecia que não me queriam ali, que estava sobrando. Porque todos receberam apelidos fofinhos e o meu foi esse? porque a nervosinha? Tirando uma dessas pessoas, do "trabalho" o restante eu gosto, umas sou mais próximas outras não, mas sempre tive respeito por todos. Talvez esteja pirando e levando a serio demais uma brincadeira, mas são nessas brincadeiras que descobrimos o que as pessoas pensam a nosso respeito. Em fim passei a tarde lá fazendo o que tinha para fazer, na hora do intervalo elas estavam planejando como e a que horas iriam trabalhar no dia seguinte e achei engraçado porque ninguém quis saber minha opinião, logo que não estavam interessados fiquei quieta, voltei ao trabalho e logo que não era bem vinda ali resolvi ir embora mais cedo e não ir ao "trabalho" no dia seguinte. Ou seja por causa disso com certeza devo ter passado por irresponsável mais uma vez. Mais uma vez não consegui me controlar e fazer o que tinha que fazer, fugi, sim foi isso que fiz fugi, preferi não voltar lá para não ter que encarar aquelas pessoas, para não me sentir rejeitada, excluída, para não me sentir um lixo. Só que vou ter que dar explicações e estou me sentindo uma droga por ter feito isso, não podia ter deixado isso acontecer. Dessa forma nunca vou ser respeitada no grupo, dessa forma nunca vão confiar em mim, nunca vão me delegar funções mais importantes e a culpa é toda minha.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Angústia/Medo

Você já sentiu a necessidade de ficar o tempo todo medindo suas palavras, com medo do que as pessoas vão pensar se souberem o que você pensa sobre a vida e todo o resto. Eu sinto isso o tempo todo, sinto que não posso ser eu mesma, falar o que penso, tenho medo do julgamento das pessoas e hoje acho que falei demais e estou preocupada, angustiada. Em meio a uma conversar com algumas pessoas da faculdade acabei expondo o que penso a respeito da vida e ainda disse que preferia não ter nascido. Estou com uma sensação estranha e com medo, parece que fiz algo errado e fui descoberta. Na faculdade só falo abertamente sobre meu "transtorno" com uma professora minha , ela é incrível me ajuda muito, agora o restante das pessoas acredito que não saibam. De qualquer forma, sabendo ou não, sou sempre chamada de "a diferente" ou "a estranha" (geralmente o tom é de brincadeira, mas me incomoda), dai vou lá e falo isso mais munição para me chamarem assim, acho que me expus demais e de forma desnecessária só que agora é tarde de mais. Preciso me controlar, ser menos impulsiva e me reservar mais, não quero que todos saibam sobre meu "transtorno" e quem eu sou. Pelo menos é isso que sinto não quero que ninguém saiba que tenho "isso" já sou taxada como "anormal" se ficarem sabendo vai ser pior. É horrível ver no rosto da pessoa que ela ficou chocada com o que você disse e pior ela ainda começa a te analisar, fazer um monte de perguntas sobre sua vida, me senti invadida, exposta, acuada, com medo e a única coisa que consegui fazer no momento foi dizer que precisava ir ao banheiro e sai quase que correndo da sala, fico imaginando o elas devem ter ficado falando sobre mim.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Bipolar

Quando recebi esse diagnóstico lembro que fiquei revoltada, eu bipolar? claro que não!
Só que depois quando cheguei em casa e parei para pensar em tudo que ela tinha me dito, meus sentimentos, os sintomas. Tudo fez sentido, senti uma dor tão grande, não conseguia parar de chorar, tudo isso parecia uma sentença de morte ou pior de uma vida cheia de sofrimento. Isso já tem uns 4 anos e ainda não consigo aceitar, as vezes acabo parando de tomar os remédios porque parece que preciso tentar me controlar sozinha, sinto essa necessidade tão forte que paro. Da ultima vez que parei fiquei dois meses sem os remédios e foi horrível. Dessa vez ficou tão claro a falta que eles estavam me fazendo, fiquei péssima, quase que fora de controle e com muita dor no coração e me sentindo frustrada, derrotada, condenada, voltei a tomar os medicamentos e agora estou "bem".
Pra mim os remédios servem para me manter viva, preciso deles para me controlar, para conseguir continuar suportando essa vida horrível. Agora esse temperamento 0 ou 80, essa instabilidade que se manifesta parece que em tudo que penso, falo, faço remédio nenhum vai mudar. Adoro ficar sozinha, odeio ficar sozinha, não consigo manter por muito tempo um relacionamento com uma pessoa, só tenho "amizades" superficiais do tipo que você é obrigado a conviver com a pessoa dai tenta fazer disso algo suportável, as vezes é legal. Tem horas que não suporto que me toquem outras tudo que queria era um abraço. Tudo na minha vida é uma contradição, o tempo todo, é muito difícil viver assim. E por fim tudo isso é horrível, difícil e ao mesmo tempo maravilhoso. Como entender? Quem entende?
 
 

Solidão

Estes últimos meses tem sido difíceis parei de falar com meu melhor amigo e dessa vez é definitivo cansei das nossas brigas, do machismo e da falta de respeito dele comigo. Só que eu só tinha ele como amigo e agora não tenho mais ninguém e isso tem feito eu pensar muito sobre relacionamentos. Me sinto bem melhor sem ele por perto, sem ninguém por perto, mas ao mesmo tempo me sinto tão sozinha, dói, me sinto rejeitada, não tenho ninguém nem para perguntar se vai chover hoje e isso faz tanta falta, ter alguém para conversar sobre o que você anda fazendo, para compartilhar sua vida. Talvez algumas pessoas tenham nascido para serem sozinhas e sou uma delas, só que é muito difícil ter que aguentar tudo sozinha, tratamento, remédios, psicoterapia, psiquiatra, faculdade, etc. sem ter um amigo para só te abraçar quando tudo parece desabar (como sinto nesse momento), tem horas que não é preciso nem falar nada só um abraça já é maravilhoso, queria muito um abraço agora e não tenho ninguém.

sábado, 20 de julho de 2013

Dia do Amigo

Sou só eu que fico mais triste ainda nesse dia? Amigos, já tive mas eles foram embora acho que foi culpa minha, eu afastei eles como afasto todo mundo. Não é por querer (as veze sim), mas não é todo mundo que aguenta ser amigo de uma bipolar egocêntrica. É Egocêntrica, foi a conclusão que cheguei essa semana na psicoterapia, depois de falar e falar minha psicóloga me faz a pergunta "Você se acha egocêntrica?" parei e analisei tudo que havia falado para ela naquele dia e senti uma dor enorme e respondi: sim. Durante muitos anos tive um amigo, estávamos o tempo todo juntos, mas uma coisa nele me incomodava muito e eu acabava o criticando muito sobre isso e acusava ele de ser egoísta de pensar só nele de ser egocêntrico. Perceber, tomar consciência de o quanto critiquei uma pessoa por ela ser exatamente como eu sou, doeu e esta doendo tanto. Odeio ser como sou!  sei que o mundo não gira ao meu redor, que  pessoas não são obrigadas a ter que me dar mais atenção do que para as outras, que não sou o centro das atenções, sei de tudo isso, mas não consigo me sentir um lixo quando não recebo mais atenção que os outros alunos do meu grupo de estudo, por exemplo. Porque tenho consciência sobre tudo isso, mas não consigo não me sentir mal nessas situações?